Informação e Comunicação em Rede
(William, 2001, p.8)
A história da vida “(...)
é uma série de situações estáveis, pontuadas em intervalos raros por eventos
importantes que ocorrem com grande rapidez e ajudam a estabelecer a próxima Era
estável.” (Gould, 1980, p.286)
Castells
(2005) refere que, o final do
século XX marcou um desses raros intervalos na história, substituindo a nossa “cultura
material” pelo padrão adjacente à tecnologia da informação.
É indiscutível que a
revolução nas Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), possibilitando a
conectividade mundial através da Internet, incorporou consideráveis mudanças
nas sociedades. A utilização crescente da Internet originou um novo tipo de
organização social, a sociedade em rede, permitindo a organização de
comunidades virtuais, constituídas pela identificação de interesses comuns. (Silva, 2011)
Cardoso (1998) também evidencia o
potencial da Internet, pois não só facilita o acesso à informação, como possibilita
a comunicação entre membros dos mais diversos grupos e das mais variadas
origens, é “um meio para a formação” e criação de novas relações, “com
interesses e áreas de conhecimento compatíveis com os nossos”. Surgem assim, outros
espaços de interacção e discussão de interesses comuns, “espaços de encontro de
características virtuais onde o tempo e o espaço reais não são uma condicionante.
(p. 51-80)
Vivemos o que Castells (1999) denominou “Era da Informação”
ou “Era do Conhecimento”, representada pela nova forma de comunicar da
sociedade e pela progressiva valorização da informação. (p. 55)
Castells
(2003) afirma ainda, que a
Internet é muito mais que uma simples tecnologia, é o meio de comunicação que
constitui a forma organizativa das nossas sociedades, constituindo na realidade
a base material das nossas vidas; formas de relacionamento, de trabalho e de
comunicação. A Internet processa a virtualidade e transforma-a na nossa
realidade, estabelecendo a sociedade em rede, a sociedade em que vivemos.
“O advento da modernidade arranca crescentemente o
espaço do tempo fomentando relações entre outros “ausentes”, localmente
distantes de qualquer situação dada ou interação face a face. (...) O que
estrutura o lugar não é simplesmente o que está presente na cena; a “forma
visível” do local oculta relações distantes que determinam a sua natureza.”
(Giddens, 1991, p.27)
By Fatma
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