Comunidades Virtuais
Fatma's Social
As comunidades virtuais foram definidas
inicialmente por Rheingold, (1998) como “(...)
agregações sociais que emergem na Internet quando uma quantidade significativa
de pessoas promove discussões públicas num período de tempo suficiente, com
emoções suficientes, para formar teias de relações pessoais no ciberespaço”. (p.
67)
Nesta
matéria, Lemos (2002) anuiu que nem toda a configuração agregadora da Internet pode ser rotulada
de comunitária, pois existem agrupamentos sociais onde os participantes não mantêm
qualquer vínculo afetivo e/ou temporal, são apenas formas de agregação electrónica.
De qualquer forma, o ciberespaço potencializa a
aparição de comunidades virtuais e de agregações electrónicas, delineadas por
interesses comuns e traços de identificação, aproximando e conectando
indivíduos que talvez nunca tivessem oportunidade de se encontrar pessoalmente.
Ambiente que ignora definitivamente a noção de tempo e espaço como
barreiras.
A Internet não modifica o
comportamento dos internautas, na verdade, os indivíduos apropriam-se da
Internet e das suas potencialidades, amplificando a capacidade de comunicar e
criar. Os comportamentos amplificam-se pelos meios tecnológicos e os indivíduos
localizados em diferentes partes do globo, munidos de equipamentos adequados,
podem conectar ideias, crenças, valores, e emoções. (Castells, 2003)
Oldenburg,
(1999) vai mais longe, ao afirmar
que as comunidades tradicionais, baseadas na localização geográfica, estão a
desaparecer da vida moderna devido à ausência de locais onde os indivíduos se possam
encontrar e ter momentos de lazer, os “third places”. Para o autor, existem
três espaços essenciais na vida quotidiana: o lar, o trabalho e os “third
places”, locais em que se estabelecem os laços sociais promotores de
comunidades: bares, praças e cafés, espaços em que os indivíduos se encontram
para conversar sobre assuntos triviais. (p.
16)
Na visão de Castells (2003), existe outro factor redutor do
contacto social de base comunitária, física, tradicional e consequente
diminuição da relação social estabelecida no bairro, que é reflexo da
sociabilidade actual; privatização da
sociabilidade, a sociabilidade entre indivíduos que constroem laços escolhidos.
“( ... ) Esta formação de redes pessoais é o que a Internet permite desenvolver
mais fortemente.” (Castells, 2003, p. 274).
Estimula-se desta forma a constituição de
comunidades virtuais, onde a principal peculiaridade é a espontaneidade com que
surgem e se estabelecem agrupamentos sociais baseados em afinidades. O
indivíduo não é obrigado a integrar determinada comunidade, a motivação é
individual, escolhida e subjetiva. A possibilidade de optar por traços de
identificação é o que a diferencia do modelo tradicional de atribuição de
identidades culturais.
Na comunidade virtual, o
indivíduo escolhe a comunidade de que quer fazer parte e a principal motivação
é o seu interesse particular num ou mais assuntos em que compreende uma
identificação e encontra pessoas com quem possa partilhar ideias e promover
discussões públicas; a interacção mútua, relação recíproca que ocorre entre os indivíduos
mediados pelo computador, é fundamental para o estabelecer e consolidar de
comunidades virtuais (Primo, A., 1998) . É o interesse em comum partilhado, que
transmite à comunidade o sentimento de pertença.
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Culturas
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Lemos, (2002) destacou como ponto de
partida para a compreensão do comportamento social que assinala determinada
época, a consciência de que existe sempre uma relação simbiótica entre o homem,
a natureza e a sociedade, sendo que em cada período da história da humanidade
prevalece uma cultura técnica particular.
Assim, a cultura
contemporânea é percebida pelo uso crescente de tecnologias digitais, gerando-se
uma relação entre a técnica e a vida social e proporcionam-se novas formas de
agregação social de maneira espontânea no ambiente virtual, com práticas
culturais específicas que constituem a chamada cibercultura.
Os relacionamentos
sociais originados em rede desenvolvem-se no ciberespaço, compreendido como uma
via da circulação de informação e espaço de comunicação, espaço virtual, que
não existe em oposição ao real. (Silva, 2011). Para Lemos (2002), o ciberespaço pode ser tanto o lugar onde estamos
quando entramos numa ambiência simulada, de realidade virtual, como a rede de
computadores, interligada ou não, em todo o planeta. O ciberespaço é o ambiente
simbólico onde as comunidades virtuais se constituem.
Contudo, mesmo com a sociedade
conectada mundialmente, com o contacto ou interacção social a acontecer em
intervalo de segundos, o homem sente cada vez mais necessidade de procurar e
integrar-se em novos grupos sociais, envolver-se com pessoas que partilhem algo
em comum, com as quais tenha certa afinidade. Existe procura de características
que lhe forneçam uma identidade, uma forma de se fazer reconhecer perante os
outros. (Silva, 2011)
Culturas
nacionais
Hall (1988) argumenta que as culturas
nacionais no mundo moderno são compostas essencialmente de identidade cultural.
Estas culturas formam-se não só de instituições culturais, mas são também
símbolos e representações. As identidades culturais nacionais não são
adquiridas à nascença, constituem-se e transformam-se no interior da
representação; um discurso que constrói sentidos, organiza e influencia as
nossas acções e a concepção que temos de nós mesmos.
“O discurso da cultura
nacional não é, assim, tão moderno como aparenta ser. Constrói identidades que
são colocadas, de modo ambíguo, entre o passado e o futuro. Equilibra-se entre
a tentação de retornar a glórias passadas e o impulso de avançar ainda mais em
direção à modernidade.” (Hall, 1988, p. 56)
As culturas nacionais
estão viradas para o passado, constituindo um elemento regressivo da história
da cultura. Esta cultura procura unificar a identidade dos seus membros, para
representar todos como a mesma família.
“Uma forma de unificá-las
tem sido a de representá-las como expressão da cultura subjacente de um único
povo. A etnia é o termo utilizado para nos referirmos às características
culturais – língua, religião, costume, tradições, sentimento de lugar-
partilhados por um povo.” (Hall, 1988, p. 62)
O efeito geral do
processo de globalização para alguns, tem sido o enfraquecimento das formas
nacionais de identidade cultural; a questão centra-se no global e no local na
transformação das identidades, pois estas representam um vínculo.
“Parece
então, que a globalização tem, sim, o efeito de contestar e deslocar as
identidades centradas e fechadas de uma cultura nacional. Tem um efeito
pluralizante sobre as identidades, produzindo uma variedade de possibilidades e
novas posições de identificação, tornando as identidades mais posicionais, mais
políticas, plurais e diversas; menos fixas e unificadas.” (Hall, 1988, p. 87)
Culturas
de pertença
Merton (1957) alterou a designação de
“grupos de referência”, para “grupos de pertença” (p.203). Estas culturas de pertença em rede são produto da
transformação radical do sistema dos média, substituindo interacções face a
face, seja com a família, amigos ou escola.
Para Cardoso e Jacobetty (2012), estas culturas integram
quatro dimensões diferentes de práticas, ajustaram os nossos valores e crenças
e criaram uma cultura estabelecida no individualismo em rede, já não centrada no
interesse próprio:
·
“culturas da nuvem” sob a concepção actual da propriedade;
·
“culturas de abertura” advindas da
forma como contamos que os bens e serviços sejam produzidos;
·
“culturas pirata” relativamente à forma como esperamos que os bens e
serviços sejam distribuídos;
·
“culturas sociais em rede” relacionadas com a forma como construímos a
identidade, combinando o ambiente mediado e a experiência não mediada em redes
de relações.
Ainda em Cardoso e Jacobetty (2012), encontramos a explicação de que na vida
quotidiana, o sentimento de pertença se ajusta, a diferentes níveis, os
processos de (re)construção, sociais e psicológicos, do self e da identidade.
As redes podem potenciar, através da mediação[1],
as relações sociais e, consequentemente alimentar o sentimento de pertença de
uma comunidade; este sentimento de pertença pode encontrar-se através do
envolvimento comunitário ou como preenchimento de necessidades pessoais de
auto-estima.
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A Identidade
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Segundo Hall
(1998) a questão da identidade
revestiu-se de maior relevância, numa conjuntura onde as identidades não se
referem a grupos fechados, ou apenas a identidades étnicas. Num mundo instável
- numa sociedade de risco (Beck, 2003),
numa modernidade líquida (Bauman, 2001) –
as identidades tornam-se instáveis. Não são determinadas por grupos específicos
e perdem o foco de estabilidade do mundo social; tornam-se híbridas e
deslocadas de um vínculo local. Significa que se transformam numa tarefa
individual, num processo de construção incessante, e sem a atribuição colectiva
que implicava conformidade com as normas sociais. (Mocellim, 2008)
Hall (1998) referiu ainda
que “as velhas identidades, que por tanto tempo estabilizaram o mundo social,
estão em declínio, fazendo surgir novas identidades e fragmentando o indivíduo
moderno, até aqui visto como sujeito unificado.” Afirmou também que as mudanças
estruturais que tiveram início nas sociedades modernas no fim do século XX,
transformam com elas a ideia que temos de sujeito, e a nossa forma de “exercer”
uma identidade. (p. 7)
São distinguidas três concepções
diferentes de identidade, equivalentes períodos históricos, imagens de um
momento social e formas de pensar específicos da sua época:
a)
Sujeito do Iluminismo - ser humano autónomo, único, centrado, unificado e
coerente. Todos os homens eram dotados de razão e agiam racionalmente, as
identidades eram coerentemente e racionalmente construídas. Uma visão muito
individualista do sujeito e da sua identidade.
b)
Sujeito Sociológico – nascido das mudanças complexas nas sociedades
modernas. Uma visão surgida no fim do século XIX e seriamente aceite durante
meados do século XX. O sujeito não era autónomo como imaginado, não podia ser
auto-suficiente, e a sua identidade era construída num diálogo incessante com
as pessoas da sociedade em que vivia. O sujeito tinha a sua individualidade, um
“eu interior”, só que formado, e transformado, de acordo com as experiências do
indivíduo no meio social. Uma noção de identidade que dependia de uma estrutura
social, e não podia ser constituída independentemente dela.
c)
Sujeito Pós-Moderno - desde o fim
do século XX, argumenta-se que as noções de auto-identidade não correspondem já
à realidade. Hall (1998) afirmou que: “O sujeito, previamente vivido como tendo
uma identidade unificada e estável, está a fragmentar-se; composto não de uma
única, mas de várias identidades, algumas vezes contraditórias e não
resolvidas. As identidades, que compunham as paisagens sociais “lá fora” e que
asseguravam a nossa conformidade subjectiva com as “necessidades” objectivas da
cultura, estão em colapso, como resultado de mudanças estruturais e
institucionais. O próprio processo de identificação, através do qual nos
projectamos nas nossas identidades culturais, tornou-se provisório, variável e
problemático.” (Mocellim, 2008, p. 11-12)
A interdependência global colapsou as
identidades tradicionais, ligadas ao local, e produziu uma diversidade cada vez
maior de estilos e identidades. Se por um lado, o acesso a informações provenientes
de muitos lugares do mundo hibridiza, por outro também homogeneíza, num duplo
processo. Os locais misturam-se e as identidades que antes eram locais podem
ser encontradas agora em qualquer local. (Hall, 1998).
“O mundo construído de objectos duráveis foi
substituído pelo de produtos disponíveis projectados para imediata
obsolescência. Num mundo como este, as identidades podem ser adoptadas e
descartadas como uma troca de roupa. O horror da nova situação é que todo o diligente
trabalho de construção pode mostrar-se inútil; e o fascínio da nova situação,
por outro lado, está no facto de não estar comprometida por experiências
passadas, de nunca ser irrevogavelmente anulada, “mantendo sempre as opções
abertas. (….) E deste modo a dificuldade já não é descobrir, inventar,
construir, convocar (ou mesmo comprar) uma identidade, mas como impedi-la de
ser demasiadamente firme e aderir depressa demais ao corpo. (...) O eixo da
estratégia de vida pós-moderna não é fazer a identidade deter-se – mas evitar
que se fixe. (Bauman, 1998, p. 112-114)
Em Bauman (2003) a identidade aparece como
substituta da comunidade, nas normas, regras, padrões de conduta, e conforta,
pela falta de conforto de um mundo sem padrões sólidos, onde a identificação se
torna esquiva e frágil.
“Identidade significa
aparecer: ser diferente e, por essa diferença, singular – e assim a procura da
identidade não pode deixar de dividir e separar. No entanto a vulnerabilidade
das identidades individuais e a precariedade da solitária construção da
identidade leva os construtores da identidade a procurar cabides em que possam,
em conjunto, pendurar os seus medos e ansiedades individualmente experimentados
e depois disso, realizar rituais de exorcismo na companhia de outros indivíduos
também assustados e ansiosos.” (Bauman, 2003, p.21)
A construção da
identidade não tem fim ou destino e os objectivos transformam-se mesmo antes de
serem alcançados; é sempre um projecto incompleto. (Mocellim, 2008)
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Informação e Comunicação em Rede
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(William, 2001, p.8)
A história da vida “(...)
é uma série de situações estáveis, pontuadas em intervalos raros por eventos
importantes que ocorrem com grande rapidez e ajudam a estabelecer a próxima Era
estável.” (Gould, 1980, p.286)
Castells
(2005) refere que, o final do
século XX marcou um desses raros intervalos na história, substituindo a nossa “cultura
material” pelo padrão adjacente à tecnologia da informação.
É indiscutível que a
revolução nas Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), possibilitando a
conectividade mundial através da Internet, incorporou consideráveis mudanças
nas sociedades. A utilização crescente da Internet originou um novo tipo de
organização social, a sociedade em rede, permitindo a organização de
comunidades virtuais, constituídas pela identificação de interesses comuns. (Silva, 2011)
Cardoso (1998) também evidencia o
potencial da Internet, pois não só facilita o acesso à informação, como possibilita
a comunicação entre membros dos mais diversos grupos e das mais variadas
origens, é “um meio para a formação” e criação de novas relações, “com
interesses e áreas de conhecimento compatíveis com os nossos”. Surgem assim, outros
espaços de interacção e discussão de interesses comuns, “espaços de encontro de
características virtuais onde o tempo e o espaço reais não são uma condicionante.
(p. 51-80)
Vivemos o que Castells (1999) denominou “Era da Informação”
ou “Era do Conhecimento”, representada pela nova forma de comunicar da
sociedade e pela progressiva valorização da informação. (p. 55)
Castells
(2003) afirma ainda, que a
Internet é muito mais que uma simples tecnologia, é o meio de comunicação que
constitui a forma organizativa das nossas sociedades, constituindo na realidade
a base material das nossas vidas; formas de relacionamento, de trabalho e de
comunicação. A Internet processa a virtualidade e transforma-a na nossa
realidade, estabelecendo a sociedade em rede, a sociedade em que vivemos.
“O advento da modernidade arranca crescentemente o
espaço do tempo fomentando relações entre outros “ausentes”, localmente
distantes de qualquer situação dada ou interação face a face. (...) O que
estrutura o lugar não é simplesmente o que está presente na cena; a “forma
visível” do local oculta relações distantes que determinam a sua natureza.”
(Giddens, 1991, p.27)
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A Sociedade em Rede
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“Há muito tempo, havia uma aldeia no deserto que tinha um poço no centro. As casas agrupavam-se conforme a distância em que podia transportar-se comodamente uma bilha de água. Há tarde, quando refrescava, os habitantes aproximavam-se do poço para recolher o fornecimento de água para o dia seguinte e deixavam-se ficar um pouco para trocar notícias e realizar negócios entre si. O poço fornecia um recurso escasso e necessário, convertendo-se ao mesmo tempo num centro social, o local de reunião que mantinha unida a comunidade.
Um dia surgiu a água canalizada. Ninguém poderia negar as suas vantagens práticas. Era mais cómodo e as crianças não contraiam cólera. A população cresceu e a aldeia expandiu-se até se converter numa grande cidade, pois podia levar-se água até às casas onde pudesse chegar a canalização.
As vivendas já não tinham de concentrar-se no antigo centro e os habitantes deixaram de reunir-se no poço, pois podiam ter água a qualquer momento e em qualquer lugar. Assim, o espaço em redor do poço perdeu a sua antiga função comunal e as pessoas inventaram sítios novos para se relacionarem socialmente, mais modernos e especializados: uma praça, um mercado ou um café.
(William, 2001, p. 7-8)
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A mão esquerda e a mão direita do Estado português
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Botelho, Maria do Carmo, Rosário Mauritti, Nuno Nunes e Daniela Craveiro (2014), “A mão esquerda e a mão direita do Estado português: que atuais tendências?”, Observatório das Desigualdades e-Working Papers N.º4/2014, ISCTE-IUL, CIES-IUL
Atualmente, o estudo do Estado assume uma enorme centralidade científica, social, política e económica. As abordagens são múltiplas, variando em função do seu desenvolvimento teórico, domínios analíticos e/ou escalas de observação. Amiúde, algumas dessas abordagens encontram-se acantonadas a vaticínios prosélitos e redutores da complexidade do objeto em causa.
A generalidade destas análises são relativamente unânimes na identificação de tendências que apontam para o “encolhimento” do Estado, o qual é hoje alvo de múltiplas intervenções que se assumem explicitamente como medidas de resposta à urgência de diminuição sustentada do défice e de controlo da dívida pública. No caso português tais intervenções têm lugar num enquadramento de forte pressão para a implementação de políticas neoliberais tuteladas pela “troika”, as quais vieram ainda intensificar o agravamento de ameaças colocadas às componentes de serviço público mais ligadas à providência, proteção social e solidariedade social.
Consulte na íntegra:
https://observatoriodasdesigualdade.files.wordpress.com/2014/11/a-mc3a3o-esquerda-e-a-mc3a3o-direita-do-estado-portuguc3aas_botelho-et-al_e-working-paper-n-c2ba-4_2014.pdf
https://observatoriodasdesigualdade.files.wordpress.com/2014/11/a-mc3a3o-esquerda-e-a-mc3a3o-direita-do-estado-portuguc3aas_botelho-et-al_e-working-paper-n-c2ba-4_2014.pdf
Sem abrigo e prédios devolutos
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Acontece que seja qual for a classificação de sem- abrigo que se considerar - crónico,periódico, temporário ou total– nunca como nos últimos 3 anos que leva este governo serventuário dos interesses do imperialismo germânico, se registaram índices tão elevados de crescimento do seu fenómeno. É cada vez maior o número dos sem- abrigo recém-chegados à rua, bem como daqueles que são considerados outsiders devido às suas características sedentárias, assim como dos institucionalizados.
Ou seja, segundo os últimos censos aumentou significativamente o número de sem-abrigo, sendo que um terço deles é classificado como crónico. Na esmagadora maioria, elementos do povo que foram atirados para o desemprego ou aos quais foi cortado qualquer subsídio que lhes permitisse ter uma habitação permanente e estável. São obrigados a viver, agora, em estações do metro ou camionagem, paragens de autocarro, estacionamentos, viadutos, pontes e abrigos de emergência.
No âmbito da Estratégia Nacional para a Integração das Pessoas em Situação de Sem-Abrigo, organismo coordenado pelo Instituto de Segurança Social (ISS), serão actualmente 5 mil os sem abrigo que deveriam ser acompanhados por um Instituto que, a avaliar pelo desempenho que tem tido no corte de prestações sociais (de que são exemplos o rendimento mínimo ou o abono de família), nada poderão esperar da sua acção e programas e que as lágrimas que verte são de … crocodilo!
In: Que o Silêncio dos Justos não mate Inocentes
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